A Unidade na Diversidade (Registro de uma caminhante I)

[20/11/2016] Os três próximos registros fazem parte de um relato encontrado em antigas anotações num primitivo disco magnético de computador, nos idos do ano 2000. A pessoa que o escreveu, uma jovem chamada Soraya, já previa as mudanças assinaladas para o planeta. Esta publicação é uma homenagem aos caminhantes que sustentaram a luz, quando as trevas ainda eram uma ameaça:

“A Terra permanece em paz. Milhares de Seres se movem de um canto a outro do planeta, maravilhados em conhecer a cultura, o modus vivendi de cada povo. A maioria destas pessoas jamais havia saído de seu lugar de nascimento, nem mesmo conheciam outros estados em seus próprios países. Eles agora experimentam outros mundos e se expandem em possibilidades de uma nova consciência".

"A queda das fronteiras possibilitou ao mundo um grande salto em consciência e percepção, aumentando em qualidade a raça humana. Adquirimos o sentido de Unidade e ao mesmo tempo de diversidade: vivemos em um mesmo lugar, o planeta terra, e ao mesmo tempo cada povo traz a sua própria característica. Esta é uma das diretrizes básicas do Governo Planetário: o sentido de unidade na diversidade. Como havia dito na edição anterior, vamos contar um pouco mais sobre nossa história de integração e unidade". [Registro Especial – SMP] 085

Os maus feitos humanos

{28/11/2010} A justificação passou a ocupar o cotidiano das pessoas, mais do que nunca, em toda a história da humanidade. Se na antiguidade as condições de vida eram precárias e o saber distante, em 2010, numa época de tecnologia de informação em rede mundial, o saber estava mais acessível para o buscador, mas o poder de decisão parecia enfraquecido. Para cada mal estar surgido, havia uma desculpa. Para cada incongruência do sistema social, uma justificativa. Para cada erro, uma falta de compromisso e decisão em consertar.

A descrença no sistema político e econômico jogou no limbo as populações que não percebiam sua responsabilidade na degeneração da ordem social. Isolados em suas especializações, os homens delegavam aos sindicatos e categorias a luta por seus direitos, ao “governo” a resolução das disparidades econômicas, aos agentes sociais a solução para os problemas de saúde, educação, desgastes do sistema, punição e encarceramento dos criminosos.

Por todos os lados a verdade dos mal feitos transparecia: nas cidades mal planejadas, ruas mal asfaltadas e conservadas, na falta de cuidados com o bem comum, em tudo o que se construía, se fabricava, vendia, nas prestações de serviços. Em tudo se via a marca da displicência e desinteresse pelo próximo ou pela natureza. Ora eram agrotóxicos demais, alimentos caros demais; ora prédios que desabavam; pessoas que adoeciam ou morriam por falta de assistência, de vacinas, de ambulância, de remédios. Gente que se vestia mal, calçava mal, se alimentava mal, dormia mal, e vivia na ilusão de ter encontrado a fórmula da felicidade, no consumo que não saciava.

O elenco de ações maravilhosas do ser humano também crescia, silenciosamente. Quem poderá listá-los aqui? Quais as ações unitivas praticadas pela sociedade de então que serviram para alavancar a transformação? {Crônica 060}

Era Dourada

[06/11/2016] Questões sobre a real identidade de Deus foram a mola propulsora da mudança da Era Dourada. Ao confirmar que a realidade única Divina é de Amor e Bem Total, o ser humano se afastou do medo e a nova civilização pode desabrochar. Durante milênios o homem foi subjugado por idéias tortuosas de um Criador vingativo e ministrador de castigos. Isso gerou medo, ódio e retaliações entre os homens que se acharam no direito de interpretar a “vontade Divina” à sua maneira e subjugar o próximo e até tirar-lhe a vida. Se Deus é puro Amor e nessa energia o universo se baseia, não há porque temer nem se opor à vida, uma vez que o amor sana, enaltece, glorifica, produz e compraz o mais exigente dos seres viventes.

É surpreendente estudar a história humana e verificar quanta destruição foi causada por essa interpretação equivocada de Deus. Imaginem todo o sistema planetário: economia, ciências, educação, sociedade, tudo, crescendo e tentando progredir com idéias distorcidas sobre a verdadeira natureza de Deus, imaginando um Pai irado e castigador no comando de toda a vida no universo? O medo que distorceu a visão de cada homem influenciou sua própria evolução de consciência, suas ações, promoveu a descrença e a rebeldia, e ceifou bilhões de vidas.

Mas a decisão de buscar a verdade, a vontade de mudar e por fim a ação concreta de seres humanos despertos rompeu o lacre da limitação intelectual e fez a humanidade emergir do estado de letargia enxergando finalmente a Luz! [Registro 084]

Voluntariado virtual

{14/11/2010} O que poderia mudar? Perguntavam-se todos. Enquanto os cientistas catastrofistas apontavam possibilidades de degelo e tsunamis iminentes, os otimistas diziam que o homem se adapta a tudo e se une em tempos difíceis. Mas como haver união se poucos abriam mão de seu tempo para avançar?

Em meio aos desafios do século as populações continuavam em marcha, programadas e emersas até os ossos na prática diária da sobrevivência. E, cada vez mais, acabrunhada com os escândalos - pesadelo cotidiano. Corrupção, corrupção, corrupção, parecia não ter fim, e que jamais o homem se livraria dela. As pessoas com 60, 70 anos, mais conscientes, apesar do vigor físico conquistado pelos avanços trazidos com a melhoria de vida, carregavam a vergonha de não ter conseguido controlar essa praga trazida no bojo do egoísmo e ganância de seus contemporâneos.

O clima continuou realmente castigando as gentes de um hemisfério a outro. Discutia-se a possibilidade de adaptação da espécie ao calor, ao frio, aos transtornos climáticos do planeta. E teve início a contabilização do uso da água em cada país, primeiro na forma de estatísticas normais de consumo, depois como um alerta que evidenciava a premente necessidade de racionamento. Água e fogo, em rebelião, por todos os lados. Natureza em chamas, tempestades avassaladoras, destruição de cidades e colheitas. Enchentes e devastação. Em meio a isto, mais alienação nas comunicações, nos noticiários.

Enquanto isso, a caridade e a solidariedade começaram a se transportar para o mundo virtual; com um clic se transferiam centavos ou milhões para instituições que poderiam preservar florestas ou salvar crianças da desnutrição. As pessoas queriam contribuir com ação, mas seu tempo estava tomado, e o único jeito era delegar poder a outros para que fizessem algo. Mas será que era suficiente? O que mantinha os homens e mulheres de boa vontade prisioneiros? {Crônica 061}

Deus de Amor

[23/10/2016] Neste final do ano de 2016 podemos registrar o progresso que vem alcançando o planeta, em sua nova etapa evolutiva: uma sociedade justa, com liberdade garantida para todos os indivíduos, administrada por bons dirigentes, que resulta em grandes progressos em todas as áreas do conhecimento humano. É digno de nota que o advento da consciência da relação espiritual entre Deus e os homens – a chamada consciência Cósmica - tem sido a mola propulsora de avanços individuais e coletivos sem precedentes. A compreensão da idéia de um Deus de Amor, Pai da humanidade, e a conseqüente irmandade dos homens, ampliou a relação dos indivíduos para a noção de família universal, mudou paradigmas, desconstruiu conceitos e fez renascer valores, acrescentando ao desafio evolutivo do homem novos parâmetros sobre o auto-aperfeiçoamento.

O desejo de avançar ganhou dimensão nova, não se restringindo aos aspectos individuais, físicos, mentais ou de controle das emoções e sim em ativar todo o potencial espiritual oculto em cada um através de experiência e práticas diárias de estudos e anotações, para deixar registro dos níveis conquistados por cada um. O mais interessante, porém, é que ao atingir um determinado patamar de experiência e conhecimento a maioria dos indivíduos, dedicados às questões do Espírito, adquirem uma consistência entre palavra e ação que os transforma numa espécie de fonte impessoal de energia, sabedoria e amor. Como é cada vez maior o número de sábios entre nós, atuando nos Conselhos, nos governos, nas instituições civis; as aglomerações humanas de cada continente parecem empurradas para cima, pelos níveis conquistados, e emergem daí indícios de uma nova civilização. Até onde chegaremos? [Registro 083]

A terra repovoada

{31/10/2010} Cotidianamente os homens cuidam da “própria vida”. Todos os dias trabalham lavrando, ceifando, colhendo; se alimentam e depois buscam descanso. Contudo, milhões seguem estagnados dentro do mundo evolutivo, descuidando dos potenciais ascendentes, espirituais. Mantém o corpo e ignoram a alma. A terra se povoa de novas estirpes espirituais, mas os chegantes vão sendo submersos em névoas de mediocridade e falta de valores.

A alienação de boa parte das últimas gerações do II milênio chegou ao auge do individualismo por volta de 2010. Modulados pela melíflua sociedade de consumo e o poder nada oculto da economia começaram a programar suas vidas pelos conceitos ditados pelo Deus Dinheiro: Estudar, casar, ter filhos, viajar, tudo passou a obedecer à lógica dos valores financeiros e conveniências. O que se perdeu em formalidade, ganhou em espontaneidade de soluções fáceis. O casa-e-separa, as uniões relâmpago, os afagos sexuais dos embalos festivos reforçou a volta do mote “o importante é ser feliz” quando o que realmente teria valido seria descobrir a oportunidade de aprendizagem terrestre, não viver mecanicamente acreditando num pop-up de felicidade barata.

A nova geração nascida depois de 2000 palpitava por conhecer o mundo e as possibilidades de vida real. Questionavam os pais, exigiam muita atenção e traziam o selo da luz em suas frontes. O planeta estava prestes a mudar. {Crônica 062}

Descortinar do espaço

[09/10/2016] Comunicação e expansão. Pensamento e materialização. Transmigração e atemporalidade. Estamos avançando no conhecimento do espaço. Enquanto a ciência se empenha nos assuntos do tempo, com tantas aventuras extraplanetárias para realizar, prolongamento da vida, aperfeiçoamento dos sistemas de aprendizagem para liberar tempo, etc., outro grupo de jovens cientistas se debruça sobre o conhecimento das propriedades do espaço. Quantas memórias cabem sobrepostas no cérebro? É possível enxergar planos simultâneos de existências no mesmo espaço? O corpo físico, químico, energético é real e existente em quantas dimensões? Se a natureza divina é o Todo, que espaço ocupamos no Todo? Só existimos enquanto tempo, já que a virtualidade nos rodeia?

Durante milênios o homem se aventurou na busca e conhecimento do tempo. Agora o espaço passa a ser matéria de indagações com a ajuda de antigos e novos conhecimentos da física quântica aliado a novas máquinas capazes de experiências profundas sobre a matéria, a anti matéria, a natureza do lugar, do estar. Conhecer o espaço é abrir portas para estar em várias dimensões, e o que se busca é a migração em consciência presente. Boa sorte aos pesquisadores
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