Quem somos?

{02/12/2007} Continuam os ciclones, enchentes, furacões. Alertas de aquecimento global se tornam programas corriqueiros de TV e parece que ninguém dá importância. Correm pela internet milhares de velhas e novas fotos da calamidade humana, crianças famélicas, desperdícios, cenas de degradação e cenas de abundâncias, edifícios gigantescos, casas nababescas, iates, aviões - contradições que já existiam desde tempos antigos. Mas agora tudo está a vista de quem queira ver, ou na própria pele do sujeito que sofre ou pratica a desarmonia, ou nas mensagens que correm de correio em correio, sem parar. A quem querem alertar? Chegarão a seus destinos? Quem as envia, com que intenção? Estará querendo apontar o cisco no olho do outro? Verá o próprio? Quantos serão cooptados, mudarão sua forma de pensar, cessarão a loucura na maneira de agir sobre o mundo que leva ao desperdício de sua vida, da vida alheia? Onde está o centro de nosso esquecimento sobre o Amar? Como chegamos a tamanha alienação sobre quem somos? {Crônica 138}

Um comentário:

mauricio delalba disse...

Não me preocupo se ao final de tudo isso nossas vidas serão nitidamente outras, melhores. Isso virá por acréscimo, se formos merecedores. Se cumprirmos cada dia como agricultores de nós mesmos, se vivermos cada dia como um fim em si mesmo, adubando nossa amizade apoiando mutuamente nosso caminho, a colheita de dias melhores será inevitável. Enquanto seguimos vencendo etapas de nosso propósito, o alvo da perfeição continua lá, não como um anzol de chumbo que nos prenda a um fim, âncora lançada ao futuro, e sim apontando à meta como tensão no arco da promessa!