Considerações sobre o livre arbítrio

[19/06/2016] “Na experiência evolutiva encontro os incentivos para avançar. Mas às vezes reajo e me rebelo. Na liberação da mente encontro a paz necessária para agir e retomar o ponto perdido. Na liberação do Espírito encontro a Primeira Fonte e Centro, mas nela não permaneço, a não ser fora da carne, e tenho que persistir. Vale à pena tanto esforço?”.

Essa anotação, de um estudante universitário, dá a pauta dos desafios atuais que um ser humano enfrenta na atualidade. É possível encontrar a calma, mas em níveis relativos. E os avanços e quedas são significativamente mais profundos do que no mundo de “matar ou viver” antigo.

Aqui a conquista é da alma, matéria sutil. A conexão vem através do Espírito e a comunicação precisa ser comedida, educando as partes mentais mais baixas, para se chegar à verdade. O que se perde com os tropeços é a visão de si mesmo e do conjunto, além da visão de “alem- horizonte”, uma imagem que para muitos é clara, para outros pode conduzir à rebeldia e escolhas precipitadas.

Aqueles que imaginaram um futuro de bonança e paz deixaram de colocar os níveis de exigência evolutiva no mundo atual. Quando mais se recebe, mais se deve entregar. Por isto a criação de inúmeras instituições voltadas para a evolução e liberação do Ser, serviço impessoal, etc. Enquanto matéria encarnada, o ser humano dotado de seu livre arbítrio, pode desistir de avançar ou dar poder a uma ambição que vá de encontro ao bem comum. Esta é a razão da separação do joio e do trigo, na verdade níveis de consciência; os indivíduos se apartam segundo seu próprio ritmo em querer avançar. [Registro 074]

A vacina contra o ódio

{27/06/2010} Cada nação humana, que se apegou à idéia de soberania nacional ilimitada, continuou alimentando a insegurança e o medo. E o Oriente manteve essa prática até o final, naqueles tempos sombrios. O vírus da soberania e a doença da guerra. Somente um grande líder poderia inocular a vacina. Por isso se esperou tanto a volta do Messias. Não para separar o joio do trigo com o fogo purificador, mas para abrandar a contaminação inoculada no coração do homem, que não permitia a cura da alma.

- Como despertar a capacidade de perdoar, adormecida? Não seria o perdão uma metamorfose da alma, que abrindo mão do casulo da personalidade, do Ego, se lança em vôo maior para atingir o Divino? Estariam os humanos preparados? Logo se viu que sim. Que muitos estavam, não só preparados, mas aguardando ansiosamente a mudança. Não sabiam quantas vidas ainda seriam ceifadas nos confrontos finais, nem se sobreviveriam para ver os tempos de paz, mas entregaram suas vidas pelo retorno da luz.

Reside aí a verdadeira coragem, o altruísmo puro. Agir sem espera de resultado. Entregar-se a serviço ao próximo, abraçar o Amor como força maior. E muitos reverberaram a Luz Divina, e muitos sustentaram a Chama, numa Gloriosa ascensão do corpo planetário. Imolaram-se através do serviço incomum, impessoal, por grandiosas causas, como o advento do Perdão e o fortalecimento da Justiça Divina. E a Paz estava em curso, e muitos não sabiam. {Crônica 071}

Sobre liberdade e religião

[05/06/2016] A liberdade de todos é perfeitamente respeitada nos mundos evoluídos. A verdadeira evolução do homem só ocorreu depois que todos concordaram em delegar a soberania dos povos a um Governo Global e a religiosa a um nível sobre-humano, ao próprio Deus. Antes não havia igualdade entre as religiões nem liberdade religiosa porque os homens tentavam impor a soberania de sua própria religião sobre as demais.

As portas foram abertas, os selos quebrados e, o que se viu foi a irmandade do homem, através da Paternidade de um Deus Único. Liberados da contaminação da guerra, os homens puderam evoluir em nível de consciência, e estabeleceu-se um novo patamar na escala evolutiva.

Não é de se surpreender que no passado os homens tivessem dificuldade em imaginar um mundo evoluído. Sua mente estava contaminada por poderosos vírus que distorciam sua visão do Todo e o impediam de raciocinar senão pela ótica da competição e poder, que inevitavelmente levava à guerra. A maioria dos grandes embates humanos, reais ou ficcionais eram resolvidos pela força.

A mente, liberada dessas doenças pode enfim se lançar ao trabalho de co-participação na criação, e os homens puderam acessar parcerias espirituais para realizarem suas obras, promoverem o bem comum e facilitar o progresso individual.

Foi ai que se conheceu o verdadeiro papel das Legiões. Apontados como grupos de anjos “bons e maus” em constantes conflitos, guerras entre si e quedas, o homem percebeu que os imaginava à sua semelhança, quando era justamente o contrário. [Registro 073]

Heranças primitivas de luta

{13/06/2010} No passado da humanidade havia uma questão crucial a ser resolvida para que o homem alcançasse um novo patamar; o vírus da soberania nacional que infestou inúmeros países, e sua conseqüência mais dolorosa: a manutenção da guerra. Assim como uma bactéria combatida com remédio errado se torna mais resistente, também o homem se manteve enfermo abrigando o primitivismo da luta corporal diante dos desafios.

Qualquer ser humano, com um mínimo de conhecimento e experiência, sabia que ajustar desentendimentos com o combate físico fazia parte de um passado primitivo da humanidade. No entanto, a mentalidade guerreira continuou sendo largamente estimulada e aprovada como solução de conflitos. Milhares de histórias e filmes reforçaram a idéia de luta para resolver todas as situações. Muitos pretendiam apenas ressaltar valores, mas pecaram por não estarem comprometidos com nenhuma mudança.
Sentiam-se apoiados por idéias de nações que se diziam soberanas ou tentavam impor sua soberania as demais.

Diante das falhas da justiça humana, diante do medo de ser subjugado por outro, diante da privação, o homem recorria ao método de seus antepassados: partia para a agressão verbal, física, para o confronto. Homens matavam mulheres e vice-versa, cidadãos matavam-se nas ruas, bandos atacavam pessoas, tribos se digladiavam, soldados eram treinados para matar e governantes impunham seu comando pela força das armas e ameaças, com brutalidade sanguinária, dizimando grupos e povos.

Nos mundos avançados essas práticas já haviam sido extintas porque prevalecia a soberania coletiva da humanidade como um todo, mas nesses tempos sombrios de 2010 a opção de combate físico ainda perdurava, entristecendo almas e dilacerando corações. {Crônica 072}