Arte Sana em ação

[13/03/2016] Os centros de Arte Sana são normalmente mais concorridos que bibliotecas e o próprio espaço de atividades comunitárias das Universidades. Sua concepção arquitetônica, espacial e funcional permite um convívio direto entre indivíduos, pois abriga não só os artistas e criadores residentes como também a presença de variado público que participa de exposições, palestras, cursos e vivências. Não há distinção de idade para seus ocupantes ou usuários e o objetivo é estimular a expressão de cada um, até se alcançar objetivos previamente expressados pelos participantes, levantar suas habilidades e talentos, desenvolver dons e até se chegar a expressão do Ser.

Nos centros de Arte Sana é estimulado o rodízio entre os residentes, que podem viajar para outros centros e aproveitar o movimento para troca de experiências. Tudo é feito de modo a não estimular comportamentos sedentários e cristalizadores, de posse ou de isolamento, de modo que o centro permaneça sempre aberto e convidativo para aquele que chega e nele queira residir e experienciar. [Registro 067]

O homem paralizado

{21/03/2010} As ondas dos movimentos pacifistas correram o mundo como uma brisa, mas a grande maioria dormida e necessitada precisava de pão, e não tinha ouvidos e tempo para temas ecológicos ou pacíficos. Não foram somente os cientistas que chamaram a atenção para a mudança do clima, os perigos da devastação. Alguns poucos artistas, engajados, clamaram em solidariedade à natureza e pela união de esforços..

Apesar das enchentes em todo o planeta, foram batidos os recordes de produção. Apesar das secas, as regiões continuaram a se desenvolver. Apesar do frio desmesurado, a fabricação de bens não deixou de avançar. E todos esses acontecimentos foram meticulosamente selecionados e parcialmente divulgados pela mídia, dando a todos a ilusão de equilíbrio, escondendo o fato de que nunca foi necessário o ser humano sofrer tantas catástrofes e perdas para se avançar.
A sociedade humana continuou se subdividindo em grupos, identidades momentâneas, cada parcela buscando se sobressair, fortalecer as diferenças e barreiras, aumentando as distâncias. As religiões apocalípticas tomaram força à luz do dia e tudo parecia “normal”. Ninguém tinha muito tempo e recursos para investigar. E quem tinha, parecia tomado por uma estranha paralisia. {Crônica 078}

Do Ancianato à Arte Sana

[28/02/2016] Com o sistema de troca de unidades de habitação, os indivíduos buscam o tipo de moradia temporária mais adequada a sua fase de vida e produção e são poucos os que permanecem numa só tipo de habitação por toda a vida. Depois de inaugurados os primeiros Ancianatos para abrigar pessoas que optam por viverem sozinhas, seja por comodidade, seja por desejarem um espaço novo para desenvolverem seus potenciais, a unidade familiar antiga começa a ser abandonada por homens e mulheres. Há uma perspectiva de uma vida completamente diferente do habitual, com mais significado e brilho.

Isso está gerando o aumento de unidades de Ancianatos e a inauguração de novos Centros de Arte Sana onde os indivíduos, além de morar, podem desenvolver habilidades artísticas, de auto-conhecimento, intelectuais e espirituais ou simplesmente se concentrarem para novos serviços e ações que lhes forem assinaladas. Ambos os centros são dotados de habitações individuais ou coletivas para os residentes temporários, e os serviços de lavanderia e cozinha são compartilhados por todos. Cada morador participa de atividades comuns como limpeza, manutenção, preparo das refeições e cuidados gerais com equipamentos e jardins, de acordo com uma escala e habilidades. Alguns se dedicam a cuidados com hortas, assuntos administrativos ou divulgação de eventos e atividades próprias. Os centros recebem professores e alunos, convidados e visitantes, de acordo com sua especialidade ou propósito. [Registro 066]

O lado falso dos “especiais”

{07/03/2010} Seguidamente os homens se esforçaram para avançar, mas o individualismo e o adormecimento estavam entranhados demais em suas vidas, empurrando-os para o externo, para o esquecimento de si, até que os bons exemplos deixaram de estimulá-los. Milhares de histórias, episódios de TV e filmes incentivavam a idéia do valor potencial do ser humano, do qual poderiam aflorar poderes fantásticos: milhares de seres “especiais”, super heróis, mágicos, etc., povoaram o imaginário humano para que ele fosse a busca de si mesmo. Mas o excesso de glamour sem substância, videntes embusteiros; paranormais egoístas; gênios insensíveis e super-poderosos egocêntricos mantiveram a atenção do homem magnetizada para fora do Ser, do Espírito.

Enquanto isso, mais uma grande dispensação de almas ocorreu - a segunda da década - e a natureza não deu mostras de se acalmar. Os erros humanos se acumulavam por todos os lados e por maior que fossem os recursos amealhados não eram capazes de impedir tanta morte e devastação. Os meios de comunicação continuavam controlados pelos poderosos e a informação virou um simulacro de realidade, um incentivo ao surreal. Poucos sabiam o que se passava de verdade nos outros continentes e mesmo no seu país. E a grande maioria vivia a ilusão de estar bem informado por causa do advento da internet. Os noticiários, pouco a pouco, foram se transformando em revistas de entretenimento e boletim de ocorrências da violência local, dosados e manipulados para servir de recheio entre anúncios e propagandas. Nada estimulava uma tomada de consciência maior, a busca de Verdade, ou o verdadeiro poder do Espírito. {Crônica 079}