Música na Bolha

[19/07/2015] - Depois de incorporar a música ao alimento diário da população, novas brincadeiras surgem para interagir com esta arte divina. Uma jovem música do continente africano inventou uma bolha capaz de reverberar notas musicais materializáveis. A diversão consiste em escolher a música, entrar na bolha e ser massageado pelas notas musicais. Estas captam as energias corpóreas e adquirem densidade espalhando-se pelo interior do invólucro e à medida que os acordes vão sendo emitidos batem suavemente na pessoa e depois reverberam nas paredes internas da bolha, de forma a criar novos ‘arranjos interativos’, de acordo com os movimentos do ‘músico’ e das notas.

A nova diversão já está sendo usada como forma de terapia para idosos e estímulo para bebês em idade de caminhar. O som estimula movimentos mais ousados e a bolha protege de qualquer perigo ou queda. Grande parte das experiências realizadas na última Feira Planetária de ArtesSanas – categoria música – está sendo canalizada para a ciência da Saúde. Os serviços locais de prevenção físico-mental simplesmente abandonaram antigas práticas de exames fisiológicos invasivos depois que a música se firmou nos consultórios. A habilidade de lidar com os sons é demonstração de saúde. [Registro 50]

Modelo de destruição

{26/07/2009} A distorção no rumo filosófico e existencial da vida humana, do Ser para o Ter, foi diagnosticada e divulgada como conseqüência do modelo de sistema econômico adotada pelos humanos. E parecia uma guerra perdida: ninguém conhecia a vacina, o antídoto. Apareceram algumas terapias para os doentes compulsivos de consumo, mas pouquíssimos conseguiam abrir mão do consumo como fonte de satisfação e forma de vida. Consumir era ‘normal’ ou ‘necessário’. Perdeu-se o sentido da necessidade, do aqui e agora. E o homem perdeu a sintonia com o tempo presente. Passou a trabalhar para ter, não mais para evoluir.

E para ter alguns mentiam, cometiam pequenos roubos, seqüestros, chantagem. Outros falsificavam, desviavam recursos, enriqueciam ilicitamente ou simplesmente matavam – direta ou indiretamente. Outros seduziam, aliciavam, traficavam, subornavam, formavam gangs, quadrilhas, máfias. Outros conquistavam o poder político para dele se beneficiar ou conseguiam a presidência de empresas, ou criavam grandes corporações à margem da lei. Um pequeno vírus. Uma grande distorção. Mas os efeitos da Chama Violeta já começavam a surtir efeito com a intensificação das energias vertidas no Monumento. E aumentava a percepção da humanidade sobre o que estava se passando. {Crônica 095}

Abandonados por suspeita

[05/07/2015] O encontro de um ônibus espacial quase intacto, na última temporada no quadrante Norte, não foi surpresa para os pilotos que trabalham incansavelmente para retirar da atmosfera terrestre e estratosfera todo o lixo tecnológico e residual que os humanos do passado legaram às novas gerações Este já é o 20º veículo, desativado e quase intacto, encontrado no espaço. A surpresa foi encontrar tripulantes vivos. Bastante debilitados, os náufragos que estavam perdidos há seis anos, tiveram que ser submetidos à hidratação, recondicionamento e intensa terapia de reconstituição molecular.

Depois das primeiras entrevistas com os médicos e técnicos aeroespaciais da 9a Base Interplanetária, responsável pela limpeza espacial, os tripulantes se identificaram como um grupo misto de empresários e astronautas que se uniram secretamente para explorar novos planetas quando recrudesceram os desastres planetários. Eles perderam o contato com a base de lançamento e, quando se perderam não puderam se valer de nenhuma ajuda dos sistemas aeroespaciais terrestres porque foram vistos como espiões de nações antagônicas. A grande surpresa deles foi saber que o planeta está unificado e só existe referência geografia continental da terra. Agora os cientistas trabalham na adaptação cardiorrespiratória dos náufragos espaciais para se adaptarem a nova atmosfera terrestre. E muitas surpresas mais terão estes fujões. [Registro 49]

Um vírus maligno

{12/07/2009} O ano de 2009 transcorria ‘normalmente’ quando surgiu o pequeno alerta de morte humana causada por um vírus transmitido por suínos. Apenas alguns minutos no noticiário. A aceleração dos acontecimentos na vida das pessoas impediu a grande maioria de perceber a anormalidade na vida diária: uma grande dificuldade de lidar com o tempo. Por mais esforço que se fizesse parece que não havia tempo para as tarefas diárias, o lazer, acompanhar o crescimento dos filhos, estudar, ou para os hábitos mais simples como ler, ouvir música, conversar.

O esforço era dobrado, tanto para o trabalho como para a vida diária, ninguém conseguia usar plenamente as informações e conhecimento disponíveis, os bens que adquiriam, as férias, os dias de quietude. A humanidade estava gravemente contaminada pelo vírus do consumo, tão letal quanto o dos porcos, e mais devastador do que muitos imaginavam. O assunto era tratado como ‘mais um tema’ de variedades, e poucos percebiam o quanto o desejo de ter ceifava vidas, mais rápido e fulminante que os vírus que atacavam o físico: este atacava a alma, diretamente. Para ‘ter o poder de ter’ o homem não media esforços, não parava a máquina, não se detinha diante de nada. Nem do perigo da perda da própria possibilidade de eternidade O deus-dinheiro jogava suas cartas. {Crônica 096}