As riquezas que encantam

[23/09/2018] E uma vez mais a terra se rejubilou por sua libertação do antigo jugo de exploração predatória exercida pela inconsciência humana. E expôs sua gratidão abrindo comportas de maravilhas para os novos habitantes pacificados. Não só grandes minas de esmeraldas e diamantes foram descobertas, como a beleza dos achados deixou mineradores e especialistas boquiabertos. 

 Como as riquezas minerais agora são exploradas com fins de uso técnico e científico e de embelezamento das comunidades, todas as minas foram transformadas em propriedade do governo mundial e sua exploração passou a beneficiar a humanidade inteira. Cabe ao governo, através de parcerias, extrair, limpar, selecionar cada tipo mineral e redistribuir para indústrias, universidades, joalherias e toda espécie de laboratório para os quais os minerais raros tenham utilidade como a informática, a eletrônica, pesquisas de saúde, ótica, química, etc. 

As pedras preciosas são leiloadas para ateliês de arte e lapidação e transformadas em jóias ou peças de arte pelas escolas de ourivesaria e aproveitadas em monumentos, esculturas e todo tipo de criação humana que as comporte. Desde um simples anel à peças comemorativas, as novas taças das Olimpíadas, em símbolos das cidades e outros artefatos públicos que vão, pouco a pouco, sendo disponibilizados em prédios, portais e outras concepções arquitetônicas - para apreciação de todos. Algumas pedras movem concursos mundiais para decidir a melhor maneira de lapidação e aplicação. É comum saírem maravilhas como o anel “Espelhos” criação vencedora de 2017 ou o colar inspirado no conceito de unidade, que abraça o colo, forte concorrente, em graça e beleza, para este ano. [Registro 133]

Tensões mundiais

{30/09/2012} Grande parte da crise gerada pela falta de mudanças e decisões político-econômicos dos países mais poderosos do planeta juntou-se a crise por recursos naturais, água e minérios – não que o planeta não os tivesse – mas a voracidade da exploração, e a necessidade de domínio sobre as fontes provocou tensões mundiais suficientes para estimular uma terceira guerra mundial.. 

Os ânimos acirrados tornaram mais difíceis os entendimentos diplomáticos e as velhas rixas se ampliaram. O Oriente Médio não se acertou, facções islâmicas começaram a combater abertamente o sionismo, e a chamada “primavera árabe” não trouxe as flores de paz e entendimento que se esperava entre os países agora tomados por guerras civis e outros confrontos. 

Inacreditavelmente a falta de informações globais sobre a real situação de cada país mantinha alienada grande parcela dos habitantes do planeta que continuava vivendo a ilusão de que “nada estava acontecendo”. Quando alguém olhava o panorama do Brasil, do Chile, do Canadá ou outro país sem maiores conflitos que não os econômicos, a sensação era de que estava “tudo bem”. Muitos só se deram conta quando começaram a ver chegar imigrantes e refugiados com seus relatos. {Crônica 012}

Aproximação da Realidade

[09/09/2018] A mudança de vida pela qual passamos está influenciando fortemente nosso conceito de realidade e este processo está apenas no começo. Esta é a conclusão dos mais renomados cientistas da Universidade Mundial de Burbrik, no continente africano, que acabam de reformular estudos antropológicos para avaliar a influência da emergência do Ser sobre a espécie humana evolutiva e os caminhos que se abrem para a humanidade com as novas percepções. É possível que tenhamos que reformular conceitos sobre a verdadeira natureza da criação.
 
A relação com o si mesmo mudou, influenciando todo o antigo modo de pensar e ver, sentir e agir. E as lentes através das quais enxergávamos tem-se tornado cada vez mais precisas, tornando o passado um simulacro de realidade que está naturalmente sendo abandonado.
 
Seguimos em avançado processo de autoconhecimento e com isso nos movemos empurrando e eliminando os limites que tínhamos para o que é real e mais além. É provável que não sejamos mais reconhecidos somente dentro da cadeia darwiniana, mas sim como ascendentes de uma nova espécie que reconectou-se com a origem, não a primata, mas a espiritual. Homo lux. [Registro 132]

Governos sem controle

{16/09/2012} Nenhum dos governos dos países desenvolvido quis tomar a decisão de frear o ritmo de produção de seus parques industriais nem diminuir as emissões de carbono. Nem convocar reuniões maiores para discutir seriamente os rumos que deviam seguir - pelo contrário - continuaram freneticamente a estimular o consumo, a produzir mais carros, bens descartáveis e resíduos tóxicos para lançar ao ar, aos oceanos e sobre os territórios. Temiam o desemprego em massa, o quebra-quebra, a ruptura do sistema e não tinham um plano de emergência.
 
Além dos refugiados políticos de velhas guerras no continente africano, na Ásia e Oriente Médio, cresceu o retorno forçado de imigrantes que planejavam vidas felizes em países desenvolvidos. Com a recessão e escassez de trabalho na Europa e Japão os nacionais retomaram as vagas que tinham cedido aos estrangeiros. As guerras, pequenas e grandes recrudesceram.
 
Na Grécia, os jovens, sem perspectivas, em um país afundado por crises sucessivas, reeditaram experiências de vida em sociedades alternativas, só que baseadas em princípios radicais de sustentabilidade. Com o nome de Livre e Real eles queriam fugir do que chamaram de crise da civilização. Mas voltar a morar numa tenda, negociar pelo antigo sistema de trocas do excedente da plantação, cortar o consumo de supérfluos e desviciar-se gradualmente da tecnologia e confortos da modernidade não resolveria todos os problemas do quadro caótico em que se meteu o planeta. O tombo previsto seria muito maior do que imaginavam os estudiosos. {Crônica 013}