Turbilhões e instabilidade

{27/05/2012} O planeta apresentou sua fatura de modo doloroso aos humanos, habitantes indisciplinados. Tufões e furacões, chuvas e calamidades à vontade para quem já estava cansado de socorrer ou ser socorrido. Os desabamentos não pararam. Nem os mares de se agitar, nem o gelo de derreter. Secas e florestas desprotegidas, combinadas, entraram em combustão e milhares de espécies sucumbiram impossibilitadas de socorro.

As cidades também foram castigadas pelas chamas, seja por falta de cuidados do homem que invadiu espaços demais, ou porque continuaram segregando pessoas em gigantescos guetos sociais, sem a mínima sensatez. Incêndios devoraram a vida de homens, mulheres e crianças diante da incúria de seus governantes que permitiu a proliferação dessas favelas desumanas. E as crises não terminaram no velho mundo: a cada novo alerta econômico, mais os cofres se esvaziavam, mostrando a inviabilidade do socorrismo financeiro que vinha sendo praticado.

Apesar de cortes, desemprego e estratégias de redução de gastos, nenhuma solução nova era apresentada porque a mentalidade dos governos continuava aferrada a um sistema de valores há muito inviável para o planeta. A Ásia parecia inatingível, até que uma onda voltou em sua direção. E as hostes famintas no grande continente africano recomeçaram a perturbar a consciência de quem contribuiu para a desunião e involução desses povos. {Crônica 021}

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