Considerações sobre a segurança

{09/12/2012} E com o tempo surgiu a consideração, o respeito à vida, a conciliação, a diplomacia, as regras e leis, e os inúmeros sistemas de governo econômicos e sociais para dar formato ao sistema evolutivo, com a pretendida ideia de segurança e diminuição da violência - que na verdade sempre causou mal estar, desde os primórdios. 

E surgiram as contradições, leis tortas, privilégios, sistemas injustos, que contribuíram para manter a dualidade e atrasar a evolução, criando espaço para a continuidade da violência brutal, animal, primitiva. A evolução rápida da espécie humana no planeta não se deu pacificamente; a história da ocupação humana na Terra é uma história de guerra e sangue derramado. O ser humano passou mais tempo lutando entre si, do que em paz com os seus. E cada guerra é oportunidade para a vazão da violência primal: estupro, tortura, genocídio, dizimação de populações, escravidão e até extinção de povos. 

Alguns pensavam que não havia escolha. Que se viviam num país em guerra, onde já mataram seu pai, seu irmão, eles tinham que ir à luta. Tinham que vingar seus mortos, acabar com o inimigo, proteger o que restava da família e continuar lutando para garantir que ninguém o sobrepujasse, para que a violência não se repetisse. Seria uma solução se, do outro lado, o outro, não estivesse pensando a mesma coisa. Essas ideias temperadas a causas econômicas ou religiosas sempre foram um prato cheio para a perpetuação da violência. 

E nas outras partes do planeta onde não havia guerra, havia a discrepância social, a má distribuição da renda, precários sistemas educativos e a falta de formação da opinião pública, de modo que a violência atingia o cerne evolutivo humano: suas aspirações espirituais. De que maneira libertar a mente do ser humano da memória do medo, da falta de amparo? Porque o ser humano se afastou de sua alma? E da confiança em Deus? {Crônica 007}

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